Prefeitura de Limeira oferecerá primeira escola bilíngue para alunos com deficiência auditiva

Para esta mudança, a Secretaria de Educação firmou uma parceria com o Ceprosom, por meio do Centro Educacional João Fischer Sobrinho – área surdez, cada um contribuirá na realização de trabalho articulado com a escola, por meio de apoio e suporte de intérpretes, professores surdos, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e educadores especializados em Libras.
A Libras é reconhecida como segunda língua oficial brasileira desde 2005 pelo decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamentou a lei no. 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
“Uma conquista resultante de inúmeros movimentos e lutas das pessoas com surdez e que traz como grande diferencial a garantia do intérprete de Libras, além da importância da educação bilíngue”, disse Mariluz Barreto, uma das coordenadoras do projeto.
Mariluz disse ainda que a educação em Libras é reconhecida como a primeira língua do surdo, na qual o surdo se comunica com outros indivíduos surdos e com os ouvintes, obtendo o direito a receber educação escolar pautada nesta língua.
“Este projeto nasce diante da preocupação de oferecer ao aluno surdo que está inserido nas unidades escolares municipais uma educação que o qualifique para a inclusão na sociedade, de forma mais independente possível. O modelo metodológico que têm apresentado uma qualidade no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos com surdez é o bilinguismo, método que consiste em trabalhar as duas línguas no contexto escolar: a língua portuguesa (escrita) e a Língua Brasileira de Sinais”, explicou Mariluz.
PROJETO
Inicialmente realizou-se na Educação uma pesquisa sobre a escolha da escola a ser implantado o bilinguismo, levando-se em consideração as características físicas, estruturais, as modalidades de ensino oferecidas, a localização, entre outros fatores necessários. Atendendo estes critérios a Escola Flora foi a que mais se enquadrou no perfil pretendido. O projeto ainda prevê uma assessoria contínua e regular do João Fischer – área de surdez.